O padre que, em 2005, descobriu a sinagoga durante as obras de construção do lar, garante que os vestígios "estão intactos"..O lar está em funcionamento "há três ou quatro anos" mas "a sinagoga ficou tal qual a encontrei", garante o pároco de Nossa Senhora da Vitória, em declarações à Lusa. O espaço acolhe o refeitório do lar, mas os vestígios "estão intactos", assegura o pároco.."Fui eu que descobri os vestígios da sinagoga. Temos visitas frequentes, de judeus e não só. Sentimo-nos muito orgulhosos. O espaço já é monumento nacional, mas se agora tem uma nova classificação tanto melhor", observou Agostinho Jardim.O pároco comprou o edifício da rua de S. Miguel para ali instalar um lar de idosos e, durante as obras, descobriu os vestígios de uma sinagoga secreta de finais do século XVI..O Igespar propôs ao Governo a classificação, como Monumento de Interesse Público, dos vestígios da judiaria descoberta no Porto, de acordo com o anúncio publicado na quinta-feira no Diário da República..A judiaria encontra-se no centro histórico do Porto, classificado como Património da Humanidade e, por isso, Património Nacional, explicou à Lusa fonte do Igespar.."A judiaria está inserida na zona classificada como Património da Humanidade, e todo o património da humanidade recebe logo a classificação de Património Nacional atribuída pelo Igespar", justificou fonte do Igespar. .No entanto, observou, "dentro de conjuntos históricos classificados, podem existir classificações mais específicas". Assim, o Igespar entendeu que a judiaria devia ser classificada como património de interesse público", explicou o Igespar..Os privilégios ou restrições aplicadas à judiaria "mantêm-se", o que muda "é a honra e o destaque de ter uma classificação individual", acrescentou a mesma fonte.